terça-feira, 9 de agosto de 2011

CICLO DE PALESTRAS – A PUBLICIDADE VOLTADA AO PÚBLICO INFANTIL – REPERCUSSÕES JURÍDICAS E SOCIAIS

Dias: 24 e 26 de agosto de 2011, às 19 horas
Local: Escola Paulista da Magistratura - Rua da Consolação nº 1483, 2º andar - auditório

Link: http://www.idec.org.br/pdf/evento-publicidade-infantil.pdf

PROGRAMAÇÃO:

24.8.2011, das 19h às 21h30m
"PUBLICIDADE VOLTADA AO PÚBLICO INFANTIL"
Presidente: Desembargador Antônio Carlos Malheiros
Palestrante da área jurídica: Professor Desembargador Luiz Antonio Rizzatto Nunes
Palestrante da área de comunicação - Jornalista Edgard Rebouças

26.8.2011, das 19h às 21h30m
"PUBLICIDADE DE ALIMENTOS VOLTADA AO PÚBLICO INFANTIL"
Presidente: Juiz Alexandre David Malfatti
Palestrante da área jurídica: Professor Juiz Paulo Jorge Scartezzinni Guimarães
Palestrante da área médica - Professor José Augusto Taddei

INSCRIÇÕES:

MODALIDADE PRESENCIAL
De 11 de julho a 05 de agosto de 2011.
Público Alvo: magistrados, assistentes jurídicos e funcionários do TJSP e alunos matriculados na EPM -
Número de vagas oferecidas: 110 (cento e dez)

De 08 a 19 de agosto de 2011
Público Alvo: demais interessados - Número de vagas oferecidas: 60 (sessenta)
Para se inscrever os interessados deverão, observando o cronograma de inscrição acima:
1- Preencher ficha diretamente no site da Escola (www.epm.tjsp.jus.br)
2- Após o preenchimento e envio, será automaticamente remetido e-mail confirmando a inscrição
3- A lista dos convocados, obedecendo a ordem de inscrição, será divulgada no site da EPM e publicação
no Diário Eletrônico a partir do dia 22/08/2011

MODALIDADE À DISTÂNCIA – ON LINE
Não será necessário efetuar inscrição prévia, pois o acesso será liberado.
Para assistir às palestras, os interessados deverão, nos dias e horários determinados do curso, acessar o site da Escola Paulista da Magistratura – www.epm.tjsp.jus.br e no menu à esquerda da tela clicar em “Cursos / On line”

Parcerias:
Coordenadoria da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Fundação Procon de São Paulo, Idec - Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, APAMAGIS e Instituto Alana

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Professora da UnB alerta para necessidade de uma política alimentar no país

Alegando falta de tempo e facilidades financeiras, brasileiros enchem os pratos de comidas com muita caloria e pouco teor nutritivo, segundo o IBGE. Especialistas alertam que o hábito pode virar um problema de saúde pública

Júnia Gama - s

Larissa Leite

Publicação: 29/07/2011 09:08 Atualização: 29/07/2011 09:13

Luciana (D) sai frequentemente com as amigas Talitha, Renata e Fernanda (sentido horário) para comer fast food ( Monique Renne/CB/D.A Press )
Luciana (D) sai frequentemente com as amigas Talitha, Renata e Fernanda (sentido horário) para comer fast food



Os quase 40 milhões de brasileiros que passaram a integrar a classe média, nos últimos anos, não estão se alimentando bem. A renda vem aumentando com o consumo de alimentos com alto teor calórico e baixo valor nutritivo. Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que a população está abandonando componentes de uma dieta saudável, como arroz, feijão e verduras, e os substituindo por pizzas, salgados, doces e refrigerantes.

Segundo especialistas, o aumento da renda é seguido pela globalização, que facilita o acesso a refeições rápidas e pouco nutritivas. Para a nutricionista Joana D’Arc Pereira Mura, autora do livro Tratado de alimentação, nutrição & dietoterapia, a multiplicação das redes de fast food alterou a relação das pessoas com a alimentação. O Brasil estaria caminhando, segundo ela, em direção a um cenário visto em países onde a obesidade é um problema generalizado de saúde pública.

O estudo realizado pelo IBGE mostra o consumo excessivo de açúcar (61% da população), sódio (90%) e gorduras saturadas (82%). As fibras, importantes para o bom funcionamento do sistema digestivo, são insuficientemente ingeridas por 68% dos brasileiros. A coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Patrícia Jaime, alerta para a gravidade do problema entre os adolescentes. Segundo ela, o padrão alimentar de baixo teor nutricional pode trazer consequências como obesidade e doenças crônicas.

A estudante Luciana Brasil, 18 anos, encaixa-se no perfil que preocupa os agentes do ministério. Ela conta que seus pais têm uma alimentação saudável e que brigam com ela por conta de suas preferências alimentares. “Fast food é mais barato, mais prático, vale mais o prazer da comida gostosa que a saúde”, diz a jovem, que costuma ir a lanchonetes com as amigas Renata Teixeira, Talitha Adnet e Fernanda Vargas.

O aumento do consumo de alimentos pouco nutritivos é seguido pelo crescimento do consumo de alimentos saudáveis, o que pode parecer uma contradição. A professora do Departamento de Nutrição da Universidade de Brasília (UnB) Elizabetta Recine explica o motivo. É preciso, segundo ela, atentar para o momento atual, em que o movimento de ascensão social é recente. As camadas de renda menor, que têm protagonizado a formação da nova classe média, tendem a consumir mais produtos industrializados, aos quais não tinham acesso. Elizabetta relata que a velocidade de incorporação desses alimentos na dieta dos brasileiros deve-se em parte ao apelo publicitário. “Essas pessoas são bombardeadas pela publicidade, o que gera um anseio de consumo por produtos de um mercado do qual antes eram privadas”, diz.

Nas camadas de renda mais elevadas, onde a ascensão social não resulta de um processo tão recente, a informação sobre a qualidade nutritiva dos alimentos tende a ser maior, o que explica o alto consumo de frutas, verduras e legumes. “Pessoas com mais informação incluem itens saudáveis na dieta”, afirma a professora.