quinta-feira, 26 de abril de 2012

Frente pela Regulação da Publicidade de Alimentos chama atenção da Anvisa por parceria com Coca-Cola

A Frente pela Regulação da Publicidade de Alimentos publicou uma nota de repúdio à atitude da Anvisa de dar repercussão a uma ação patrocinada pela Coca-Cola Brasil. 


Você pode conferir nota na íntegra a seguir. 


NOTA DE REPÚDIO
A Frente pela Regulamentação da Publicidade de Alimentos vem a público repudiar a instalação de exposição sobre a campanha denominada “Emagrece, Brasil!” na sede da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Ao abrir suas portas para esta exposição e incluir na programação da I Semana de Vigilância Sanitária no Congresso Nacional campanha cujo patrocínio exclusivo é de uma das maiores empresas de refrigerantes do mundo, a ANVISA adota práticas há muito tempo condenadas na área da saúde evidenciando um flagrante conflito de interesses e descaso com os movimentos da sociedade civil alinhados à ética e à equidade da ação regulatória estatal no campo da alimentação e nutrição. Os efeitos danosos do consumo de refrigerantes sobre a saúde humana e, em particular, sobre o risco de obesidade são incontestáveis. Igualmente conhecidas são as agressivas e abusivas estratégias de marketing utilizadas por empresas produtoras de refrigerantes, incluindo em particular aquela que, ironicamente, patrocina a campanha ‘Emagrece, Brasil’.

Causa-nos também revolta ler no ‘press release’ da exposição que ela ‘...está de acordo com as diretrizes do Ministério da Saúde para uma alimentação saudável e combate às doenças crônicas’. Isso absolutamente não é verdade. Em primeiro lugar, a campanha e a exposição enfatizam o ‘tratamento’ da obesidade quando a ênfase correta, sabem todos os técnicos do Ministério, sabemos todos nós, é a prevenção. O tratamento da obesidade, seja por meio de medicamentos ou de ‘dietas’, tem baixíssima eficácia. A mensagem principal da campanha é a de que você pode comer tudo o que quiser, sendo suficiente ‘contar’ as calorias que consome e ‘não deixar’ que elas superem sua necessidade de energia ou as metas que o levarão a emagrecer. Sabem todos os técnicos do Ministério, sabemos todos nós, que determinados alimentos (como os refrigerantes) aumentam o risco de obesidade exatamente porque suas calorias saciam menos do que as dos demais alimentos. O mantra ‘uma caloria é uma caloria’, que está na base da chamada ‘dieta dos pontos’ que orienta a campanha “Emagrece Brasil’, é verdade apenas do ponto de vista da termodinâmica.  Quando se trata de explicar a obesidade, é um completo equívoco, destituído de qualquer base científica. Uma das mais importantes revistas médicas do mundo, a revista Lancet, deixa isso claro em um número recente dedicado à epidemia mundial de obesidade.

A primeira ‘estação’ da exposição, que será exibida no edifício da ANVISA e depois no Congresso Nacional, mostra uma pessoa ‘devorando’ um imenso sanduíche feito com pão de hambúrguer. O texto da exposição explica: ‘A exposição usa o sanduíche como exemplo porque, nele, temos ingredientes de todos os grupos de nutrientes. E, assim, a oportunidade de explicar a importância de cada um deles para a saúde.’   Mais revolta, e, neste caso, não há necessidade de comentários: a impropriedade da campanha e da exposição fala por si. Há muitos outros equívocos do “Emagrece Brasil’, mas o maior deles, que não conseguimos compreender, é o apoio formal à campanha do Ministério da Saúde e, também, do Ministério da Educação e do Ministério dos Esportes.

A gravidade da epidemia mundial de obesidade e de outras doenças crônicas relacionadas à alimentação tem mobilizado governos nacionais e sociedade civil de diversos países na busca por soluções. Uma delas, já reconhecida como necessária pela Organização Mundial de Saúde, é a necessidade urgente da aprovação de um código de ética que regule a atuação das empresas de alimentos e refrigerantes. Ao tentar naturalizar o conflito de interesses neste campo, a ANVISA age em sentido contrário à defesa da ética e coloca em risco sua credibilidade na defesa e proteção da saúde dos brasileiros.


Saiba mais aqui. 

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Imagem da fotógrafa Sally Davies comemora 2 anos de lanche do Mc Donald's que não apodrece Projeto fotografa há 2 anos lanche de fast-food que não apodrece

  • Imagem da fotógrafa Sally Davies comemora 2 anos de lanche do Mc Donald's que não apodrece
A fotógrafa nova-iorquina Sally Davies celebrou nesta terça-feira (10) o segundo aniversário de seu projeto "Happy Meal" (Mc Lanche Feliz), que divulga na internet as imagens fotografadas quase diariamente de um hambúrguer comprado em 2010 em uma rede de fast-food e que, apesar da passagem do tempo, se conserva sem problemas.

"Eu demoro a acreditar que se passaram dois anos desde o dia em que o comprei. Eu pareço dois anos mais velha, mas para o hambúrguer o tempo não passa", explicou a fotógrafa, que iniciou seu experimento fotográfico em 10 de abril de 2010, quando adquiriu o lanche infantil em um estabelecimento da rede McDonald's.

Desde aquele dia, Davies fotografou repetidamente os componentes do lanche - o hambúrguer, com seu pão, e as batatas fritas - para mostrar a reação dos alimentos à passagem do tempo e comprovar sua opinião de que os produtos não fazem bem para a saúde.

"Continuarei fotografando o hambúrguer até que ele se desintegre, o que pode custar o resto da minha vida natural", explicou a artista, que constatou como nos 730 dias em que se dedica a fotografar esse exemplo de fast-food muito pouco mudou nos componentes do lanche infantil.

Até agora, a única modificação maior é que o pão secou e se partiu em alguns pedaços, enquanto a carne do hambúrguer, após os primeiros dias, ficou "como uma pedra" e encolheu um pouco, e as batatas fritas têm quase o mesmo aspecto.

Davies defende que os alimentos experimentaram certa desidratação mas não iniciaram nenhum processo de putrefação, o que indica as poucas qualidades nutricionais que pode ter "um alimento que não apodrece nem se corrompe com a passagem do tempo".

Conhecido como "Happy Meal Project", o projeto já conta com centenas de fotografias que podem ser vistas no site de Sally e em suas contas no Facebook e no Flickr, onde chegou a ser um fenômeno viral.

Sally iniciou sua carreira artística como pintora há mais de três décadas e suas pinturas apareceram em várias séries de televisão, como a popular "Sex and the City", e ela adotou a fotografia há mais de 15 anos.


Fonte : http://entretenimento.uol.com.br/noticias/efe/2012/04/10/projeto-fotografa-ha-2-anos-lanche-de-fast-food-que-nao-apodrece.htm   em 10/04/2012

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Projeto de Rui Falcão que regulamenta publicidade às crianças poderá ser votado


Está pronto para ser votado em plenário o Projeto de Lei n° 193/2008, do 1° secretário da Assembléia Legislativa, deputado Rui Falcão (PT), que regulamenta a publicidade de alimentos dirigida ao público infantil. Isto porque o PL foi aprovado pelas três comissões permanentes por onde tramitou: Constituição, Justiça e Redação, de Finanças e Orçamento e de Transportes e Comunicações.

O Projeto proíbe no Estado de São Paulo a publicidade, dirigida a crianças, de alimentos e bebidas pobres em nutrientes e com alto teor de açúcar, gorduras saturadas ou sódio. A proibição se estende ao período compreendido entre 6 horas e 21 horas, no rádio e televisão, e em qualquer horário nas escolas públicas e privadas.

Também impede o uso de celebridades ou personagens infantis na comercialização, bem como a inclusão de brindes promocionais, brinquedos ou itens colecionáveis associados à compra do produto. Já a publicidade durante o horário permitido deverá vir seguida de advertência pública sobre os males causados pela obesidade.

Em caso de descumprimento dessas restrições, o infrator estará sujeito às penas de multa, suspensão da veiculação da publicidade e imposição de contrapropaganda. A multa, dependendo da gravidade, vai de duzentas a três milhões de vezes o valor da Unidade Fiscal de Referência (UFIR).

“O projeto está de acordo com o que prevê o artigo 37 do Código de Defesa do Consumidor (CDC), que proíbe qualquer publicidade enganosa ou abusiva que se aproveite da deficiência de julgamento e experiência das crianças”, justifica o autor do Projeto.

Conforme Rui Falcão, a ONG Instituto Alana (http://www.alana.org.br/ ), que denunciou a rede de fast-food McDonald’s ao Procon de São Paulo, inspirou, junto com o Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC), a protocolar em 2008 o Projeto de Lei nº 193.

A denúncia do Instituto Alana ao Procon em abril de 2010 resultou em multa à rede McDonalds de R$3,2 milhões por vincular brinquedos nas promoções de seus produtos. Conforme a denúncia da ONG, “a associação de brinquedos com alimentos incentiva a formação de valores distorcidos, bem como a formação de hábitos alimentares prejudiciais à saúde”.

Fonte: http://ruifalcao.com.br/projeto-de-rui-falcao-que-regulamenta-publicidade-as-criancas-podera-ser-votado/

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Saiba onde encontrar uma feira de produtos orgânicos nas 27 capitais do Brasil

Levantamento do Idec e do FNECDC informa a localização de feiras de alimentos sem agrotóxicos nas 27 capitais do país. Em cinco, porém, não foi encontrada nenhuma

Você consumiria mais alimentos orgânicos se...? Essa pergunta ficou disponível no portal do Idec durante o mês de janeiro. A grande maioria dos internautas que respondeu à enquete (74%) escolheu a opção “se ele fosse mais barato”. Em segundo lugar, com 20% dos votos, veio a opção “se houvesse mais feiras especializadas perto da minha casa”. Apesar de apontarem problemas diferentes, as duas respostas são mais similares do que se imagina. Os alimentos orgânicos, em geral, são mesmo mais caros que os convencionais porque já incorporam o custo da produção sustentável. Mas o valor é especialmente mais alto nos supermercados, como verificou a pesquisa do Idec realizada em 2010 e publicada na edição no 142 da Revista do Idec. Nas feiras especializadas encontram-se os melhores preços, e como identificou o levantamento de 2010, a diferença de valor de um mesmo produto em relação ao supermercado chegava a incríveis 463%! Contudo, nem sempre o consumidor sabe se existem feiras em sua cidade e, quando existem, onde ficam.


Para ajudar nessa tarefa, o Idec, em parceria com o Fórum Nacional das Entidades Civis de Defesa do Consumidor (FNECDC) e outras organizações que apoiam a comercialização agroecológica, pesquisou a existência desses espaçosnas 27 capitais do país e mapeou sua localização, o horário de funcionamento, os principais alimentos comercializados e se havia algum mecanismo que comprovasse sua origem orgânica. Foram identificadas 140 feiras em 22 das 27 capitais avaliadas. Em Boa Vista (RR), Cuiabá (MT), Macapá (AP), Palmas (TO) e São Luís (MA) nenhuma feira foi localizada. O Rio de Janeiro (RJ) é a cidade campeã, com 25 feiras orgânicas e agroecológicas. Brasília (DF) é a segunda, com 20 feiras, seguida por Recife (PE) com 18 e Curitiba (PR) com 16. Pena que elas são exceção, pois a maioria das capitais conta com número bem menor. Maior cidade do país, São Paulo (SP), por exemplo, só tem 9.

Veja no site do Idec o endereço de todas as feiras em cada cidade.